06 junho 2012

RESPONSABILIDADES GLOBAIS PELA PAZ, JUSTIÇA, EQUIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PROTEÇÃO DO CLIMA

Do local para o global

RESPONSABILIDADES GLOBAIS PELA PAZ, JUSTIÇA, EQUIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL E PROTEÇÃO DO CLIMA
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PROTEÇÃO DO CLIMA

Objetivos gerais
Assumir as nossas responsabilidades globais pela paz, justiça, equidade, desenvolvimento sustentável e proteção do clima.

Objetivos específicos

•Elaborar e seguir uma abordagem estratégica e integrada para minimizar as alterações climáticas, e trabalhar para conseguir níveis sustentáveis de emissões de gases geradores do efeito estufa;

•Integrar a política de proteção climática nas nossas políticas de energia, de transportes, de consumo, de resíduos, de agricultura e de florestas;

•Disseminar informações sobre as causas e os impactos prováveis das alterações climáticas, e integrar medidas de prevenção na nossa política referente às alterações climáticas;

•Reduzir o nosso impacto no ambiente global e promover o princípio da justiça ambiental;

•Reforçar a cooperação internacional de cidades e desenvolver respostas locais para problemas globais em parceria com outros governos locais e regionais, comunidades e outros atores relevantes.

O que entendemos por do local para o global

O local e o global são cada vez mais articulados. Com a conectividade planetária, a revolução nos meios de comunicações e a modernização dos meios de transporte, vivemos todos conectados no mundo ao mesmo tempo em que o espaço privilegiado de ação é o local. Tem-se traduzido esta visão na expressão “pensar globalmente e agir localmente”. Pequenos produtores de tilápia de Piraí exportam para o Japão e negociam online; a produção científica circula no mundo; na favela de Antares, no Rio de Janeiro, jovens conectados em banda larga produzem design, prestam serviços de informática à distância. Nem tudo se globalizou: a escola do bairro, a arborização das ruas, o médico da família, a riqueza cultural da nossa cidade, a construção das casas, o hortifrutigranjeiro, a segurança das pessoas. São inúmeras as atividades, particularmente ligadas à qualidade de vida, que dependem do local. Articular de forma inteligente o local, o regional, nacional e global faz parte dos novos desafios.

Em 1982 foi formada a Organização de Prefeitos pela Paz (Mayors of Peace) para promover a solidariedade e a boa vontade entre as cidades ao redor do mundo. O foco, atualmente, é um esforço intensivo para eliminar as armas nucleares até 2020.
Fonte:mayorsforpeace.org

Acordo Mundial de Prefeitos e Governos Locais pela Proteção do Clima:

 prefeitos de diversas cidades no mundo e governos locais convocaram todos os governos nacionais para trabalharem em conjunto na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para o comprometimento com a meta de manter em até 2 graus Celsius o limite do aumento da temperatura na superfície terrestre.
Fonte: globalclimateagreement.org

Promover o uso de madeira certificada ambientalmente e torná-lo obrigatório em 100% das obras públicas até 2012 é meta da Agenda 21 Local de Barcelona.

Já acontece

Rede Espanhola de Cidades pelo Clima A Rede criada em 2004 é um instrumento de coordenação e de impulso para as políticas locais na luta contra as alterações climáticas nas cidades espanholas. Também favorece relações com empresas europeias e da América Latina comprometidas com o projeto, com o fornecimento de soluções e medidas para reduzir as mudanças climáticas e seus efeitos, atuando também na adaptação. Essas ferramentas foram desenvolvidas com a experiência dos técnicos dos Conselhos Municipais, levando em conta opiniões, experiências e métodos que resultaram em soluções válidas para atender o maior número possível de membros, permitindo a troca de experiências entre municípios.

Objetivos

Contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa nas cidades. Para alcançar este objetivo, foi adotado o planejamento estratégico ambiental como ferramenta que permite a avaliação dos impactos das atividades humanas realizadas nas cidades e foram implantadas medidas para minimizar ou reduzir este impacto.
Fonte:redciudadesclima.es /unhabitat.org
Resultados 

A rede reunia, até 2008, 236 municípios com um total de 21 milhões de habitantes. Entre suas principais ações, estão boas práticas nas áreas de ecotecnologia, planejamento urbano, energia, transporte, entre outras. Em Albacete, por exemplo, há a apresentação obrigatória de um informe com todas as medidas e projetos em vigor relacionados para o desenvolvimento sustentável da região. Em Ponferrada placas de energia solar foram instaladas em todos os edifícios municipais. Ferramentas de apoio como eventos, publicações, documentos e cursos estão disponíveis e são compartilhados pelos membros da rede para oferecer iniciativas que permitam o cumprimento do plano da rede de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente voltados para o âmbito local.


Prevenção e Gestão de Riscos 

O objetivo da iniciativa é estabelecer uma política de gestão de riscos urbanos baseada no uso de informação e indicadores. Com início em junho de 2005, os indicadores e informações relevantes são apurados por meio de um sistema cartográfico. Com o emprego do sistema SIG (Sistema de Informação Geográfica), a informação chega ao governo local, seus principais colaboradores e a todos os agentes implicados, de forma que possam utilizá-la. O sistema cobre as áreas de riscos naturais, riscos tecnológicos, riscos urbanos e riscos sociais. Os impactos principais e mais visíveis têm sido o planejamento e legislação do uso do solo e o planejamento e a gestão ambiental.
Fonte: habitat.aq.upm.es
Cidade: Marselha
País: França
População: 852 mil

Promoção Nacional de Energias Renováveis 

Ao oferecer incentivos financeiros a produtores de energia renovável, a Alemanha tem estimulado o setor e, simultaneamente, reduzido as emissões de CO2 . A lei para Fontes de Energia Renováveis (EEG), de 1991, foi o ponto de partida. Qualquer um que gera energia a partir de fontes fotovoltaica, eólica ou hidráulica recebe o pagamento da “tarifa de injeção” do operador local do sistema, que é obrigado a adaptar a estrutura da rede e a operação para as necessidades das energias renováveis. Em 2006, a Alemanha cortou emissões em 68 milhões de toneladas, como consequência de toda a energia renovável gerada.
Fonte: c40cities.org/bestpractices/energy/germany_renewables.jsp
País: Alemanha
População: 82 milhões


Cidade livre de combustível fóssil 

Em 1996, a cidade decidiu não depender mais de combustíveis fósseis. O município fez parcerias com empresas locais, indústrias e companhias de transporte para atingir esse objetivo. Criaram o compromisso político para eliminar o uso de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de CO2 . A cidade quis assumir a responsabilidade de mostrar que é possível cuidar do clima, mesmo em um pequeno município. Um rigoroso planejamento e acompanhamento de todas as emissões de CO2  foi a receita. Como resultado, fontes de energias renováveis (como geotérmica e solar , entre outras) deram conta de cerca de 88% do aquecimento (858 GWh), em 2005, e serviram para abastecer 51% da cidade, em 2006.
Fonte: sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/vaxjo-fossil-fuel-free-city
Cidade: Växjö
País: Suécia
População: 60 mil

Cidade Arejada 

Desde 1938, a legislação de Stuttgart proíbe a obstrução do fluxo de ar que entra na cidade a partir das encostas do seu entorno. A cidade tem um planejamento estratégico climático visto como um dos melhores exemplos de gestão de ilhas de calor em todo o mundo. Planejada respeitando e protegendo a natureza, também explorou padrões de vento natural e densa vegetação. Mais de 60% da cidade está coberta de árvores e plantas. A paisagem e a topografia da região são utilizadas para garantir um ambiente atrativo e confortável para os moradores da cidade. A aplicação correta de “infraestrutura verde” foi usada para combater o efeito de ilhas de calor urbanas e beneficiou o meio ambiente, aumentando a biodiversidade e a qualidade do ar.
Fonte: sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/stuttgart-cool-city
Cidade: Stuttgart
País: Alemanha
População: 600 mil


Conexões Sustentáveis (São Paulo - Amazônia)

Desde outubro de 2008, a iniciativa busca mobilizar as cadeias de valor dos setores da pecuária, da madeira e da soja por meio de pactos setoriais para a preservação da Floresta Amazônica e seus povos. Os documentos determinam para os signatários o financiamento, a distribuição e a comercialização de produtos com certificação (ou que estejam em processo de regularização) e provenientes de fornecedores que não façam parte da Lista Suja do Trabalho Escravo ou de áreas embargadas pelo Ibama. A prefeitura de São Paulo também se comprometeu com a iniciativa, assinando um termo de compromisso para que as compras públicas ajudem a preservar a Amazônia.
Fonte:conexoessustentaveis.org.br
País: Brasil
População: 190 milhões

Táxis Amarelos se Transformam em Verdes 

Mais da metade dos táxis de São Francisco são híbridos ou utilizam gás natural como combustível. A cidade aprovou uma lei dando às companhias de táxis quatro anos (até 2012) para reduzir as emissões de gases em 20% em relação aos níveis de 1990. O consumo de gasolina e petróleo foi reduzido em aproximadamente 11 milhões de litros por ano e as emissões de gás tiveram queda de 35 mil toneladas ao ano, o equivalente a tirar aproximadamente 4.700 carros das ruas.
Fonte:sustainablecities.dk/da/city-projects/cases/san-francisco-yellow-taxis-turn-green?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=07-05-2010
Cidade: São Francisco
País: EUA
População: 810 mil