26 outubro 2013

SUSTENTABILIDADE SENDO USADA COMO MARKETING

O TERMO SUSTENTABILIDADE DEVE TER CRITÉRIOS BEM DEFINIDOS PARA SER uSADO POR EMPRESAS E PRODUTOS

SUSTENTABILIDADE SENDO USADA COMO MARKETING
SUSTENTABILIDADE SENDO USADA COMO MARKETING 

O termo sustentabilidade está sendo utilizado de qualquer forma por muitas empresas, propaganda, consumidores, etc. Agora já existem todos os tipos de produtos sustentáveis, mas será que 100% dos componentes destes produtos são biodegradáveis ou 100% recicláveis? E os processos? São sustentáveis? Será que todo o carbono utilizado está sendo compensado mesmo? Será que a empresa está levando em consideração todas as questões dos empregados, acionistas e consumidores?
A tendência é a palavra ficar desgastada como ficou a palavra marketing, comunicação ou gestão. Estas palavras são utilizadas de qualquer forma sem o efetivo conhecimento do conceito ou da profundidade do tema. Quem já não escutou de algum colega falando que aquela “jogada de marketing” de tal empresa fez um sucesso na TV e que ele adorou a atriz daquele ‘marketing’ da cerveja.
A palavra sustentabilidade e todos os princípios para a busca do tal desenvolvimento sustentável devem ser divulgados sim, porém com critérios um pouco mais rígidos. Tomando cuidado com a banalização e a enganação. O Conar – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitário, em junho de 2011, apresentou uma série de normas para regular peças de propaganda baseadas em apelos de sustentabilidade. No Canadá, França e Inglaterra, não é uma norma voluntária, pois conta com a  ajuda da mão pesada do Estado. A ideia é proteger os consumidores das mensagens sobre produtos verdes que, por excesso, imprecisão e falta de conhecimento, mais enganam do que esclarecem. Ou seja, o famoso Greenwashing (termo utilizado para designar um procedimento de marketing utilizado por uma organização com o objetivo de dar à opinião pública uma imagem ecologicamente responsável dos seus serviços ou produtos, ou mesmo da própria organização, porém a organização tem uma atuação contrária aos interesses e bens ambientais).
Mas não é somente com as propagandas que as empresas devem tomar cuidado, pois esta é a parte final de um processo de desenvolvimento, fabricação, comercialização, comunicação e venda de um produto ou serviço. A questão é se esta comunicação está realmente passando os valores da empresa, se ela é o somente se diz sustentável.
Dá para uma empresa ou seu produto ser totalmente sustentável?
Esta questão está sendo muito discutida nas universidade e no mundo empresarial. Alguns teóricos colocam que esta “tal da sustentabilidade” é uma evolução natural das empresas. E que geralmente, essa questão é iniciada nas questões internas de gestão dos processos, para depois evoluir para o desenvolvimento de produtos e, posteriormente, de novos negócios.
No Facebook, aparecem posts interessantes sobre produtos e serviços sustentáveis, inúmeros exemplos de ações bastante interessantes, mas ainda sem muita escala. Um exemplo é a comunidade do asap.me – As Sustainable as Possible, uma plataforma de open innovation e crowdsourcing onde os usuários podem transformar suas ideias em produtos reais enviando ideias para outras pessoas desenvolverem caso ela seja boa.
Entendo que a mudança para processos mais sustentáveis dentro da empresa serão responsabilidade da própria empresa e dos funcionários, sempre com ajuda dos profissionais com o conhecimento da área.
O desenvolvimento sustentável  tão sonhado pode e dever ser alcançado, o que falta é uma evolução nos muitos pontos do nosso desenvolvimento pessoal: autoconhecimento e consciência!
FONTE:Postado em Pense Nisso por  /  *Marcus Nakagawa é sócio-diretor da iSetor, professor da ESPM e diretor-presidente da Abraps