27 junho 2012

SOLOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS E SUAS UTILIDADES



Classe de Solo: Solos Orgânicos
São solos de constituição orgânica, sediados em ambientes hidromórficos, salvo se  artificialmente drenados. Apresentam, nos primeiros 40 cm de espessura, a contar da superfície do terreno, uma ou mais camadas de constituição orgânica, isto é,material cujo teor de carbono é > 8 + 0,067 x argila%, cuja soma perfaz 40 cm ou mais de espessura.
Quando esses solos apresentam elevada concentração de enxofre elementar ou de compostos desse elemento, de sorte que, quando oxidados (por rebaixamento do lençól freático), tornam-se extremamente ácidos (pH em H2O < 3,5), são denominados Solos Orgânicos Tiomórficos.
Os Solos Orgânicos, em suas condições naturais, apresentam sérias restrições devido à presença de lençól freático elevado durante significativos períodos do ano, podendo até estar temporariamente submersos. Uma vez drenados, contudo, podem representar solos de boa potencialidade, especialmente os eutróficos.
 
SOLOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS E SUAS UTILIDADES
SOLOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS E SUAS UTILIDADES

 
O elevado poder tampão, nos solos álicos, é um sério fator limitante, pois demanda elevada tonelagem de corretivo para neutralizar a toxicidade devida ao alumínio. Nos solos com relação C/N muito larga (> 25), grandes quantidades do nitrogênio são provavelmente indisponíveis para as plantas, sendo necessária a aplicação de elevadas doses de adubos nitrogenados. Quando localizados próximo aos centros consumidores, constituem boa opção para uso com olericultura.
Por vezes, a presença de pedaços de troncos e raízes de árvores e de arbustos na massa do solo podem dificultar o uso de implementos agrícolas no seu preparo.
Quando drenados, devido à oxidação da matéria orgânica, podem sofrer acentuada redução da espessura nos três primeiros anos, sendo necessário, portanto, dimensionar adequadamente a rede de drenagem. Essa redução da espessura é tanto maior quanto menor for o conteúdo da fração mineral. Outra consequência da drenagem a que esses solos estão sujeitos, mesmo as seções com predominância de material orgânico bem decomposto, é a dificuldade de se reidratarem. Isso pode constituir uma limitação séria à agricultura. Sua drenagem deve ser feita de tal maneira que os solos sejam mantidos suficientemente úmidos ao longo do ano, evitando o secamento prolongado.
Os Solos Orgânicos Tiomórficos apresentam, além das caracterísiticas anteriores, problemas relacionados à forte acidificação a que estão sujeitos quando drenados. Em geral, devido a se formarem em regiões costeiras, apresentam também elevados teores de sais solúveis, sendo encontrados índices superiores a 10 mmhos/cm a 25°C de condutividade elétrica no extrato de saturação obtido de pasta do material do solo.
O relevo plano onde se distribuem e o farto provimento de água representam importantes condições favoráveis ao seu uso agrícola.
Tipos e características das coberturas:


É um material orgânico e, portanto irá sofrer a ação dos micro-organismos na decomposição. 
O processo é o mesmo explicado na compostagem , quando ocorre a elevação da temperatura pelos processos de decomposição. As plantas ao redor podem sofrer com isto.
Ao recolher as aparas de grama deixar numa pilha em local destinado a isto. 
Somente usar depois de bem decompostas.
 Também pode ocorrer que gramados inçados forneçam sementes de inços, ocasionando uma infestação grande no local onde colocamos a cobertura.
Deixando um tempo ao ar livre estas sementes germinarão e o inço poderá ser retirado.
Tem pouca resistência à compactação, vento, ao controle dos inços e sua aparência não é muito bonita.
2. Serragem
Por serragem entendemos o pó fino descartado pelas serrarias no processo de corte dos troncos. Tem consistência fina. 
Também necessita de sofrer decomposição e irá demorar mais tempo, pois a lignina do tronco é mais resistente aos micro organismos.
Seu uso ao redor de plantas e dentro de canteiros pode ocasionar a perda de nutrientes das plantas para os micro-organismos, pois estes necessitam de nitrogênio para os processos de compostagem.
É comum vermos plantas com serragem ao redor com sintomas de clorose nas folhas.
Tem tendência à compactação, não é muito bonita, mas resiste bem ao vento e é excelente no controle de inços.
 3. Palha

Quando as plantas de lavoura são colhidas no campo as máquinas ou os trabalhadores deixam as partes da planta que não necessitam no solo. 
É um tipo de prática conservacionista, pois além de agregar o material orgânico que decomposto se tornará terra, seus nutrientes ficarão acessíveis para as próximas plantas de cultivo.

Tem boa resistência à compactação e ao vento, mas também sua aparência não é interessante nem ajuda no controle dos inços.
 4. Composto orgânico
Oriundo da compostagem é também considerado como cobertura orgânica do solo. 
Conforme o material compostado tem grande quantidade de nutrientes que estarão disponíveis para as plantas.
Tem uma boa resistência à compactação do solo, aparência de terra, muito boa resistência aos ventos, mas seu controle sobre inços é pobre. 
Muitas pessoas se incomodam de ver terra nos canteiros, optando sempre por colocar materiais de aparência diferente.
 5. Casca de Pinus ou casca de pinheiro
Também conhecida como cascas de pínus, contém resinas que podem afetar o crescimento das plantas. 
Deixar de molho em recipiente com água, trocando todos os dias por 1 semana ou até 10 dias. 
Depois, pode deixar secar ao sol e ensacar para usar.
Serve para cobertura de vasos e canteiros. 
Com o passar dos anos decompõe-se pela ação dos micro-organismos e vira terra novamente. 
Leve, fácil de encontrar e barata.
 6. Cavacos de serraria

 

São pedaços de pequenos a médios, pedaços de madeira que são sobras de serraria quando cortam os troncos. 
Contém lignina e é de lenta decomposição.
Algumas empresas que trabalham com este material costumam tingir de cores diferentes, para o paisagismo, acrescentando, de repente um toque diferente.
Também com o tempo sofrerão com a ação das chuvas e atividade microbiana do solo, decompondo-se.

7. Musgo Sfagno
O musgo sfagno (Sphagum) é proveniente de regiões úmidas. 
Colhido e seco, torna-se substrato de cultivo, enfeite de arranjos florais, etc.
É fácil de encontrar em floriculturas e lojas que vendem materiais para arranjos florais. 
Seu uso é restrito a vasos devido ao preço.
 8. Acículas de pinheiro

Em regiões de pinheirais as folhas dos pinheiros também podem servir de cobertura seca. 
As acículas contêm resina e são de lenta decomposição.
Podem acidificar o solo e evitar que cresçam inços, mas também limitam o crescimento de plantas ornamentais.
Não são muito usadas.
9. Acículas de pinheiro

O recolhimento de folhas de árvores no outono propicia uma enorme quantidade de material seco que pode ser usada para cobertura seca ao redor de árvores frutíferas e canteiros.
Sua aparência, porém em canteiros de ornamentais dá um ar de abandono e não é muito apreciada.
Este material decompõe-se com relativa rapidez e deverá ser reposto todos os anos.

10. Maravalha


Proveniente das serrarias, é material de textura grosseira, não é pó-de-serra, que tem as partículas mais finas. 
Ambos contêm lignina, são de lenta decomposição e não devem ser colocados em canteiros de hortas e ornamentais.
Têm a capacidade de absorver muita água e os microorganismos mobilizam nitrogênio do solo para decompor o material, causando deficiência deste nutriente nas plantas.
É comum ver canteiros com serragem e as plantas com sintoma de seca nas folhas e com clorose, isto é, amarelecimento das folhas.
 Materiais usados para cobertura de solo - inorgânicos:

1. Lonas ou lâmina plástica

 

Lona preta, usada para colocar no chão para colocação de pedriscos, fazer laguinhos, etc.
Não deixa penetrar ar nem água no solo, matando os micro-organismos benéficos, transformando em solo morto na porção onde se localiza.
Colocado perto de árvores, as raízes desta terminam por perfurar o plástico em busca de ar e água.

2. Geomanta

 

Material de origem sintética, não degradável, poroso que deixa passar o ar e a água.
Está sendo o melhor substituto para a lona preta.
 3. Geogrelha

Elementos articulados ou tipo tapete, material plástico de grande resistência, para superfícies de declive, terraços e outras situações.
Tem alvéolos que permitem a passagem de águas e ar e inclusive é possível colocar terra sobre ela e plantar, sem problemas.
  4. Cascalho, brita e pedriscos

Usado em paisagismo para delinear caminhos e separar gramados e canteiros.
A irradiação deste produto é igual ao piso de placas, mas a diferença é permitir a passagem das águas de chuva.
Este tipo de cobertura é considerado como permeável.
Junto a plantas sensíveis ao calor não é recomendado.
Tem também o inconveniente de penetrar no solo devido à compactação por pisoteio ou veículos, sendo necessária sua reposição periódica.

 Costuma apresentar sinais de sujidade, pois as chuvas e as regas respingam na terra visível, manchando as pedras, aparecendo mais nas de cor branca.
Em locais úmidos estas se cobrem de limo, numa péssima aparência, sendo necessário lavá-las.
O uso de cobertura com lona preta ou geomanta seria a solução, mas para grandes áreas não é econômico.
 5. Tijolo quebrado
Restos de construção civil ou proveniente de olarias. 

Pode servir inclusive de substrato. Tende à decomposição.
Não é muito usado devido à dificuldade de obtenção e falta de costume de se usar material reciclado. 

Também sofre compactação no solo como os pedriscos.

6. Borracha reciclada

 

Material oriundo de reciclagem de pneus que tem sido ofertado para cobertura inerte de canteiros e passeios. 

Não sofre praticamente degradação.
 Alguns são inclusive tingidos. Ainda é caro, mas é possível de ser usado.
 Como fazer a cobertura apropriada ao redor das plantas
A técnica para colocar mulch ou cobertura de solo orgânica ao redor das plantas varia conforme o tipo de planta, ou seja:
 1. Árvores frutíferas e ornamentais

 

Deixar em torno de 10-30 cm a partir do colo da planta (onde o tronco sai do solo), evitando cobrir esta parte com o mulch. 
Em enxertos principalmente, a cobertura junto ao colo poderá propiciar a emissão de brotos do porta-enxerto podendo ocasionar a morte da parte enxertada por eliminação natural.
A altura varia entre 10 e 15 cm, mais que isto não é conveniente. 
Quando houver adubação de reposição a cobertura deverá ser retirada em uma faixa larga ao redor da planta na projeção de sua copa e colocada depois de efetuada a tarefa.
 Fazer a reposição de material sempre que necessário, pois este sofre a ação dos microorganismos e volta a ser terra, com nutrientes que serão usados para as plantas.
 2. Arbustos
Se estiverem em locais abertos, sobre gramados, proceder igual ao usado para árvores.
Se estiver dentro de canteiros, colocar a cobertura no canteiro e não deixar junto ao colo também.
A altura dependerá do tipo de planta colocada no espaço, mas 5 cm é o suficiente para cobrir o solo. 
A reposição deverá ser feita sempre que houver necessidade, caso o material seja orgânico.
 3. Canteiros de herbáceas
O uso de casca de pínus ainda prevalece nos canteiros. 
Não é recomendado para cactos e suculentas que se desenvolvem em solos de pH menos ácido, mas se o material tiver sido bem lavado como o recomendado, então pode ser usado.
O tamanho das partículas deve combinar com o tamanho das plantas. 
Plantas grandes, cascas de maior tamanho, plantas herbáceas de pequeno porte, partículas menores.
O visual é importante, a cobertura é complemento e não atração principal. 
Quando houver troca de plantas, retira-se a cobertura toda possível, renova-se o canteiro, aduba-se novamente e então podemos colocar o mulch de volta.
 Técnica de mulching vertical

O mulch vertical tem este nome, mas na verdade poderemos dizer que são respiros que fazemos no solo para beneficiar raízes de árvores em solos compactados.Com uma furadeira provida de uma broca grande especial, fazer buracos de 5 cm de diâmetro no solo, numa profundidade de 45 cm. 
A distância entre furos é de 5 a 20 cm entre eles e é feita na projeção da copa da árvore. Mais perto que isto poderá atingir as raízes. Se sentir resistência na máquina parar imediatamente, sinal que encontrou uma raiz.

 Estes buracos serão preenchidos com pedregulhos, tijolos quebrados ou ainda melhor, areia e composto orgânico em partes de 3:1.
O que ocorre? Esta coluna no chão fornece ar para as raízes, água, saída de gases e maior possibilidade de crescimento de mais raízes no local. 
A colocação de cobertura seca orgânica sobre este material será benéfica.
Também é benéfica em canteiros e gramados com sintoma de compactação.
 fonte:fazfacil.com.br