12 novembro 2017

OPERAÇÃO QUE DESCOBRIU A FRAUDE NA GESTÃO DOS RESÍDUOS EM PASSOS JÁ BLOQUEOU R$ 9 MILHÕES DAS CONTAS DOS INVESTIGADOS

Mais de R$ 9 mi são bloqueados

PASSOS – Mais de R$ 9 milhões já foram bloqueados nas contas dos empresários e empresas investigadas pela “Operação Purgamentum”, que apura supostas fraudes nos contratos com as empresas que faziam a coleta do lixo e a limpeza urbana do município de Passos durante a gestão passada. O ex-prefeito Ataíde Vilela (PSB), a ex-Secretária de Obras, Habitação e Serviços Urbanos, Sônia Maria de Oliveira e o ex-diretor de Limpeza Urbana, Gleison Santos Martins, juntamente com outros cinco servidores presos temporariamente, continuavam recolhidos no Presídio de Passos.

Mais de R$ 9 mi são bloqueados nas contas dos empresários e empresas investigadas pela “Operação Purgamentum”, que apura supostas fraudes nos contratos com as empresas que faziam a coleta do lixo e a limpeza urbana do município de Passos durante a gestão passada.
OCORRIA FRAUDE NA GESTÃO DOS RESÍDUOS EM PASSOS MG 


Nos últimos dois dias, o promotor Paulo Frank Pinto Júnior, da 7ª Promotoria de Passos, onde iniciaram as investigações, já ouviu seis investigados no caso e várias testemunhas. Sem mencionar nomes, ele afirma que antigos funcionários da empresa Seleta e também os ex-servidores municipais que já foram ouvidos até o momento e confirmaram a existência de fraude na pesagem do lixo recolhido que era pago pelo município. Apenas a ex-secretária alegou não saber de nada e Ataíde Vilela ainda não tinha sido ouvido.
“Ontem (quinta-feira) todos que foram ouvidos confirmaram a existência dessa fraude para adulterar o resultado das pesagens. Eles pesavam os caminhões e fraudavam para acima o peso. No final do mês dava uma pesagem totalmente irreal”, disse o representante do Ministério Público, explicando que as empresas Seleta Meio Ambiente e Filadélfia recebiam da prefeitura de acordo com o peso de lixo que era recolhido. Adulterando o peso, eles recebiam bem mais do que era devido e causavam prejuízos aos cofres públicos.
Paulo Frank lembrou ainda que esta é apenas uma das fraudes que está sendo investigada pelo Ministério Público. Outra suposta fraude que também vem sendo apurada é o favorecimento ilícito, com o conluio de empresas privadas e agentes públicos, para beneficiar as empresas Seleta e Filadélfia, que faziam a prestação de serviço de coleta de lixo na cidade de Passos durante a gestão do ex-prefeito Ataíde Vilela. 
Outros Crimes
Além disso, o promotor disse que também estão sendo levantados outros possíveis crimes, como lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha, entre outros. 
“Muito provavelmente, parte desse dinheiro que era pago a mais às empresas estariam retornando para alguém aqui na cidade como forma de propina. Vamos continuar ouvindo os envolvidos, prosseguir com as investigações e analisar o material que foi apreendido nesta quinta-feira durante os cumprimentos de mandados”, frisou o Paulo Frank, 
Ele confirmou que irá solicitar a prorrogação da prisão temporária dos investigados, que inicialmente é de apenas cinco dias, para que o Ministério Público tenha mais tempo para concluir as investigações. Ele acredita que mais novidades deverão surgir nos próximos dias e que, possivelmente, outros nomes possam aparecer na investigação.
“Caminhada”
O promotor lembrou também que a investigação da Operação Purgamentum é o espelho de um dos desdobramentos da Operação Caminhada, também feita pelo Ministério Público, durante o primeiro mandato de Ataíde Vilela. A forma de agir dos investigados seria bastante semelhante ao que chegou a ser apurado naquela época, porém daquela vez teria faltado um pequeno “elo” para conseguir provar a culpa dos envolvidos.
“Os colegas que trabalhavam naquela investigação chegaram muito perto de conseguir chegar aos culpados. A partir do momento que vimos a forma de agir bastante semelhante, percebemos que a linha investigatória que deveríamos seguir seria aquela”, concluiu.
Empresários 
transferidos
Também na tarde de ontem, o empresário Jorge Saquy Neto, 33 anos, um dos donos da empresa Seleta Meio Ambiente e o envolvido Fernando Gonçalves Henrique, também ligado diretamente à empresa, foram transferidos para o Presídio de Passos. Os dois haviam sido presos na manhã de quinta-feira, 9, em Ribeirão Preto (SP), durante o cumprimento dos mandados naquela cidade, oriundos da investigação que iniciou em Passos.
A dupla está entre os 15 presos no total e foram transferidos para Passos para serem ouvidos pela promotoria local.
Fonte da matéria: click folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário