20 julho 2017

REPENSAR PARA TER SUSTENTABILIDADE

REPENSAR

Repensar? Os hábitos de consumo e descarte!

    Devemos pensar primeiramente na real necessidade da compra daquele produto, antes de comprá-lo.

   Se a compra for realmente necessária, após consumi-lo, pratique a coleta seletiva, separando embalagens, matéria orgânica e óleo de cozinha usado. Jogue no lixo apenas o que não for reutilizável ou reciclável.

REPENSAR
REPENSAR PARA TER SUSTENTABILIDADE

   Sempre que possível, evite o desperdício de alimentos e se puder optar adquira produtos recicláveis ou produzidos com matéria-prima reciclada. Prefira embalagens de papel e papelão.

  Utilize lâmpadas econômicas e pilhas recarregáveis ou alcalinas. Enfim, mude seus hábitos de consumo e descarte.

   Geralmente agimos na vida automaticamente, sem analisarmos o que estamos fazendo, pois de antemão concluímos que todos fazem a sua parte.

Mas é necessário parar para pensar:

  • Realmente precisamos de determinados produtos que compramos ou ganhamos?

  • Compramos produtos duráveis/resistentes, evitando comprar produtos descartáveis?

  • Evitamos a compra de produtos que possuem elementos tóxicos ou perigosos?

  • Enterramos o nosso lixo, se não houver coleta do mesmo no bairro?

  • Evitamos queimar o lixo?

  • Lemos os rótulos dos produtos para conhecer as suas recomendações ou informações ambientais?

  • Usamos detergentes e produtos de limpeza biodegradáveis?

  • Utilizamos pilhas recarregáveis?

  • Não compramos produtos provenientes de trabalho escravo?

  •   Não compramos produtos produzidos por crianças que são obrigadas a trabalhar?

  • Não compramos produtos de origem duvidosa?

  • Evitamos a compra de caderno e papéis que usam cloro no processo de branqueamento?

  • Pegamos emprestado ou alugamos aparelhos/equipamentos que não usamos com freqüência, ao invés de comprá-lo?

  • Não jogamos no lixo remédios, injeções e curativos feitos em casa, procurando uma farmácia ou um posto de saúde como uma alternativa de descarte?

  • Consertamos produtos em vez de descartá-los, substituindo-os por novos?

  • Deixamos os pneus velhos nas oficinas de trocas, pois elas são responsáveis pelo seu destino adequado?

  • Deixamos a bateria usada do carro no local onde adquirimos a nova, certificando que existe um sistema de retorno ao fabricante?

  • Evitamos as pilhas de alto teor de chumbo, cadmo e mercúrio ou então, após o uso,  devolvemos o produto para o revendedor?

  • Junto aos outros consumidores, exigimos produtos sem embalagens desnecessárias, assim como vasilhames?

  • Damos preferência a produtos e serviços que não agridem ao ambiente, tanto na produção, quanto na distribuição, no consumo e no descarte final?

  • Escolhemos produtos de empresas certificadas, isto é, que desenvolvam programas sócio-ambientais e/ou que sejam responsáveis pelo produto após consumo?

                                                                              Fonte do texto:.prevencaonline.net

                                                                              19 julho 2017

                                                                              REAGIR COM SUSTENTABILIDADE JÁ ESTÁ NA HORA


                                                                              O plástico, hoje, está em quase tudo o que conhecemos, em quase todos os produtos que usamos diariamente, da cadeira ao automóvel, do computador ao calçado, ou ainda, protegendo ou mantendo os produtos frescos e limpos. Estamos tão acostumados com ele, que parece que sempre convivemos com os plásticos, mas faz pouco mais de 50 anos que ele apareceu em nossas vidas, para ficar. Hoje nossos rios, lagos, fundo de vales, nossos mares, estão tão poluídos com o plástico, que talvez esteja na hora de repensar o custo x benefício desta praticidade. 


                                                                              Segundo os dados contidos no site Funverde, o mundo consome 1 milhão de sacos plásticos por minuto, o que significa quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões por ano. É o resíduo que mais polui as cidades e campos. Prejudica a vida animal, entope a drenagem urbana e rios, contribuindo para inundações. A cada mês, 1 bilhão de sacos plásticos são distribuídos pelos supermercados no Brasil. 

                                                                              SACOLAS PLASTICAS E O SEU PROBLEMA AO MEIO AMBIENTE
                                                                              SACOLAS PLASTICAS E O SEU PROBLEMA AO MEIO AMBIENTE


                                                                              Muito se discute sobre o uso correto das sacolas plásticas. Em alguns estados brasileiros, já foram criadas Leis que exijam o uso das sacolas “oxi-biodegradáveis”, Elas levam bem menos tempo para a decomposição e não agridem tanto a natureza. A composição do plástico oxi-biodegradável acelera a degradação, sem causar impactos ambientais onde seu tempo de deteorização na natureza é de aproximadamente 18 meses, contra 400 anos de uma sacola normal. 

                                                                              Há também a possibilidade de se substituir as sacolas plásticas por sacolas retornáveis ou sacolas ecológicas (ECOBAG) tão divulgadas na Internet e em propagandas na televisão. Mas então surge uma questão? Qual é o meio mais viável de se acabar com a poluição das sacolas no planeta e o que devemos realmente fazer para contribuir com a preservação e sustentabilidade do nosso mundo? 

                                                                              Bem sabemos, de que dos plásticos não vamos nos livrar, pois é muito útil a nossa vida moderna, mas que tal adotar o uso de uma ECOBAG quando for às compras ou então exigir uma sacola plástica OXI-BIODEGRADÁVEL? 

                                                                              Vamos adotar a ideia dos 3 R’s: Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Essa é talvez a melhor maneira de deixarmos uma boa herança para as futuras gerações.
                                                                              Fonte do texto: BRUNA MAIA MEDEIROS DA FONSECA / portaleducacao.com.br

                                                                              14 julho 2017

                                                                              PROJETO, PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

                                                                              Projeto e Planejamento

                                                                              Uma etapa de projeto que prevê uma adequada compatibilização entre os diversos agentes intervenientes (empreendedor, arquitetos, projetista estrutural, projetistas de instalações, entre outros), é uma das mais importantes para a redução de desperdícios e consequente redução da geração de resíduos. Isso pois, quanto mais detalhes e incompatibilidades entre os diversos projetos puderem ser verificados e resolvidos antes da execução, menos perda e menos geração de resíduos ocorrerão.

                                                                              A figura a seguir mostra o aumento do custo da falha descoberta em diferentes etapas do empreendimento, ou seja, se a falha for descoberta ainda na fase de projeto o custo dessa falha será bem menor que na fase de construção.

                                                                              Assim como o custo de uma falha descoberta na fase de utilização será bem maior que na fase de construção.

                                                                              Custo da Falha Descoberta em Diferentes Etapas do Empreendimento.
                                                                              Custo da Falha Descoberta em Diferentes Etapas do Empreendimento.

                                                                              A falta de um projeto desenvolvido de forma adequada traz como consequências levantamentos incorretos de materiais e mão-de-obra, com distorções em custos e cronogramas, além da impossibilidade de um planejamento adequado para as etapas seguintes da obra.

                                                                              Alguns exemplos de como as etapas de projeto e planejamento podem contribuir para a redução da geração de resíduos são citados a seguir:

                                                                              • a adequada compatibilização entre os projetos (arquitetônico, estrutural e de instalações) podem evitar sobre espessuras de revestimentos e minimizar a quebra de blocos e pedras cerâmicas.

                                                                              • projetos bem detalhados para a produção e a escolha adequada da tecnologia construtiva evitam rasgos em alvenarias para a passagem de instalações elétricas e hidráulicas.

                                                                              • o planejamento criterioso do sequenciamento das atividades com o estabelecimento de critérios para inspeções parciais evitam retrabalhos por falhas e fabricação de produtos defeituosos.

                                                                              Um outro aspecto importante a comentar e que é responsável por uma signifi- cativa geração de resíduos são as modificações solicitadas pelos clientes. Sabe-se que fatores comerciais muitas vezes impõem às obras a necessidade de realizar modificações expressivas nos projetos, ocasionando demolições de paredes já construídas, rasgos em lajes para passagem de instalações, substituição de pisos já assentados, etc. Ações nas etapas de projeto e planejamento podem evitar ou, pelo menos, reduzir a incidência deste tipo de resíduo. Estabelecer limites e prazos para as modificações, utilizar sistemas construtivos com maior flexibilidade para alterações são exemplos de soluções. Sabe-se, ainda, que algumas empresas construtoras optam por não permitir alterações de projetos por parte dos clientes.

                                                                              Organização do Canteiro

                                                                              De acordo com Maia e Souza (2003)17 o canteiro de obras é o local no qual se dispõem todos os recursos de produção (mão-de-obra, materiais e equipamentos), organizados e distribuídos de forma a apoiar e a realizar os trabalhos de construção, observando os requisitos de gestão, racionalização, produtividade e segurança/conforto dos operários.

                                                                              Nele são identificados elementos ligados à produção, elementos de apoio à produção, sistemas de transporte, elementos de apoio técnico/administrativo, áreas de vivência, entre outros elementos. São essas partes, ou elementos, que deverão ser alocadas no canteiro de forma a facilitar a execução dos serviços de construção, assegurar a segurança dos trabalhadores e, enfim, garantir o cumprimento das diretrizes demandadas pela legislação, pelas empresas construtoras e pelos gerentes de construção.

                                                                              Um canteiro onde estes elementos não estão dispostos de forma organizada é parceiro do desperdício e da geração de resíduos. Quanto mais organizado o canteiro, menor a chance de perda de material, além de se evitar acidentes.

                                                                              Canteiro Desorganizado com Possibilidade de Acidente e Desperdício Causado pelo Retrabalho.
                                                                              Canteiro Desorganizado com Possibilidade de Acidente e Desperdício Causado pelo Retrabalho.


                                                                              Canteiro Desorganizado.
                                                                              Canteiro Desorganizado.

                                                                              Excesso de Desorganização na Frente de Serviço.
                                                                              Excesso de Desorganização na Frente de Serviço.




                                                                              Situação Insegura Causada pelo Excesso de Desorganização na Frente de Serviço.
                                                                              Situação Insegura Causada pelo Excesso de Desorganização na Frente de Serviço.

                                                                              Fonte do texto  e imagens:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestão-de-Resíduos

                                                                              30 junho 2017

                                                                              EXEMPLO DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS

                                                                              Este exemplo simples servirá como demonstração do potencial que muitas vezes se tem em mãos e raramente é utilizado.

                                                                              Este caso refere-se ao estudo de um ciclo de fabricação (0,30m³), transporte e entrega do concreto estrutural na 5ª laje tipo de uma edificação. Tem-se 04 operários envolvidos neste processo:

                                                                              • OP.1 g responsável pelo peneiramento, enchimento dos carros de mão e transporte da areia, brita e cimento até a betoneira e sua operação;

                                                                              ciclo de fabricação (0,30m³), transporte e entrega do concreto estrutural na 5ª laje tipo de uma edificação.
                                                                              EXEMPLO DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS

                                                                              • OP.2 g também se ocupa com o enchimento dos carros de mão e transporte de areia e brita até a betoneira, além de carregar a jerica com o concreto misturado e transportá-la até o balde da grua;
                                                                              ciclo de fabricação (0,30m³), transporte e entrega do concreto estrutural na 5ª laje tipo de uma edificação.
                                                                              EXEMPLO DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS


                                                                              • OP.3 g opera a grua; e
                                                                              ciclo de fabricação (0,30m³), transporte e entrega do concreto estrutural na 5ª laje tipo de uma edificação.
                                                                              EXEMPLO DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS


                                                                              • OP.4 g está na laje e é responsável pelo recebimento do concreto no pavimento.

                                                                              ciclo de fabricação (0,30m³), transporte e entrega do concreto estrutural na 5ª laje tipo de uma edificação.
                                                                              EXEMPLO DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIRO DE OBRAS


                                                                              O ciclo a observar é concluído no momento em que o OP.4 descarrega o balde da grua na laje, neste instante iniciasse novo ciclo (que não será analisado neste momento).

                                                                              Para facilitar o cálculo, podemos considerar que são necessários 3 carros de mão (CM) de areia, 3 CM de brita e 1 saco de cimento para a produção de um traço que representa o ciclo estudado; considerar também que o CM fica a uma distância de 2,50 m do depósito da areia e que são necessárias 4 pás para o enchimento de cada carro. No caso da brita o CM chega a uma distância de 2,00 m do depósito, não sendo necessário considerar o deslocamento do operário para carregar o carro de mão.

                                                                               Diagrama de Fluxo da Situação Observada
                                                                               Diagrama de Fluxo da Situação Observada
                                                                               Diagrama de Fluxo da Situação Observada

                                                                              Em seguida define-se quantos observadores irão atuar, como registrarão as atividades dos operários e qual a unidade de tempo que será adotada. Neste caso, o ciclo se completa em aproximadamente 20 minutos, então escolhe-se períodos de 1 minuto para observação.
                                                                              No FORM. 07 - Atividades Individuais registram-se as ações de cada operário nos intervalos de tempo definidos.

                                                                               Ficha de Atividades Individuais da Situação Observada.
                                                                               Ficha de Atividades Individuais da Situação Observada.
                                                                               Ficha de Atividades Individuais da Situação Observada.

                                                                              Vemos que o ciclo se completou em um total de 21 minutos (será indicado no diagrama de balanço como representando 100%). É interessante observar que o ciclo para cada operário termina em tempos diferentes, pois lembremos que estamos observando o ciclo: produzir, transportar e entregar 1 betonada de concreto.

                                                                              O operário 01 conclui seu ciclo no 20º minuto, pois a partir deste ponto será iniciado um novo ciclo de preparação da 2ª betonada; o operário 02 conclui no 21º minuto, o operário 03 no 21º (100% do ciclo) e o operário 04 também no 21º minuto.

                                                                              A tarefa agora será transportar estes resultados para o FORM.08 - Diagrama de Balanço das Equipes. De modo a facilitar é importante criar uma simbologia de cores para cada atividade executada.

                                                                               Diagrama de Balanço da Situação Observada.
                                                                              Diagrama de Balanço da Situação Observada.
                                                                              Diagrama de Balanço da Situação Observada.

                                                                              É possível identificar ao olhar para o gráfico, que o op.04 - espalhador de concreto tem um longo período de espera (13 minutos de um total de 21) do mesmo modo o op.03 - grueiro (15 minutos).

                                                                              Vale observar que o op.04 no início do ciclo está em outras atividades, pois é provável que esteja espalhando concreto da betonada anterior e não faz parte do ciclo atual.

                                                                              A próxima etapa será preencher o FORM.09 - Diagrama de Processos para que se possa identificar os totais das atividades.

                                                                              Pensando exclusivamente no material areia, cimento e brita, observa-se que de uma forma geral têm-se as seguintes operações: carregar areia, carregar brita, carregar cimento, descarregar areia, descarregar brita, descarregar cimento, misturar, enchimento do balde da grua e descarregamento na laje (09 operações). É importante que observemos que para cada operação pode haver um desdobramento. Como é o caso do carregamento de brita e areia, que poderemos identificar o número de pás que serão necessárias para encher um carro de mão; suponhamos que sejam 04 pás de areia e 03 pás de brita. Esta  informação será importante na quantificação de homem x hora como veremos a seguir. Para preencher o FORM.09 temos que “criar” uma sequência, utilizando a simbologia definida na tabela 09.

                                                                              • existe material estocado (areia, brita e cimento):

                                                                              • o material é carregado até o carro de mão (areia e brita): g g

                                                                              • o material é transportado até a betoneira (cimento, areia e brita):

                                                                              • o material é descarregado na betoneira (cimento, areia e brita): g g g

                                                                              • o material é misturado (concreto): g

                                                                              • o material é descarregado na jerica (o concreto): g

                                                                              • o material é transportado até o balde da grua (concreto):

                                                                              • o material é descarregado no balde da grua: g

                                                                              • o material e transportado pela grua até a 5ª laje:

                                                                              Transferindo para o FORM. 09, temos:

                                                                               Diagrama de Processo da Situação Observada.
                                                                               Diagrama de Processo da Situação Observada.
                                                                               Diagrama de Processo da Situação Observada.

                                                                              Observando-se apenas os deslocamentos do material, desde a sua chegada (como areia, cimento e brita) no canteiro de obras até sua entrega (já como concreto) na 5ª laje tipo (figura), podemos tirar algumas conclusões.

                                                                              Figura  – Esboço dos Deslocamentos dos Materiais.
                                                                              Esboço dos Deslocamentos dos Materiais.
                                                                              Esboço dos Deslocamentos dos Materiais.

                                                                              A primeira coisa que chama a atenção quando se coloca de forma representativa, é que o percurso é extremamente sinuoso e o mais curioso é que este aspecto nunca foi questionado nem pelos operários nem pelos chefes de equipe; começa-se a perceber que o transporte do cimento para a betoneira é feito com a “força dos braços“ com certo deslocamento que ao ser multiplicado pelo número de sacos de cimento (50kg) necessários para a execução de toda obra nos dá impressionantes distâncias e incrível peso transportado unicamente pela força humana.

                                                                              Outro detalhe que chama a atenção é o fato de existir uma rampa de altura de 50cm para o carregador da betoneira que é percorrida pelo operário com o carrinho de mão carregado de areia e brita: mais uma vez nota-se que se multiplicar a altura de 50cm pelo número de vezes necessárias ao transporte de toda a areia e brita da obra chegar-se á a uma impressionante marca de altura percorrida pelo operário além de perceber que quase todo o peso próprio da edificação estará sendo carregado pelo operário em todo este percurso.

                                                                              Com base nestas observações e sabendo-se que para a concretagem das oito lajes seriam necessários 430m3 de concreto, é possível concluir que:

                                                                              • seriam gastos 47.031 minutos ou 783 horas;

                                                                              • seriam percorridos 106 km pelo operário com o material para a produção, transporte e entrega do concreto para as 8 lajes; e

                                                                              • seriam necessárias 22.844 operações.

                                                                              Se considerarmos que destes 106km, 24km são referentes a 0,50m de desnível entre a cuba da betoneira e o nível do solo, aproximadamente 750 toneladas seriam erguidas com única e exclusiva força humana.

                                                                              Com base em todas estas observações parte-se para um estudo de melhoria e a primeira ação seria tornar os percursos sinuosos em percursos retos, diminuindo assim as distâncias de transportes e invertendo-se as posições das baias. É necessário também instalar a betoneira de forma que seu carregador fi que ao nível do solo evitando assim a subida da rampa com o carrinho carregado além de aproximá-la da grua. Desloca-se da mesma forma o depósito de cimento para mais perto da central de betoneira; é bom sempre ter em mente que a economia ergonômica deve ser levada em conta sempre no planejamento, pois apesar de ser de difícil medição ela está presente nos custos produtivos.

                                                                              Com todas as ações devidamente planejadas na etapa anterior, parte-se para a nova arrumação do canteiro que deverá ser registrada com novo layout e fotos para arquivo.

                                                                              Procede-se a nova medição do processo com as alterações implementadas e verifica-se que a redução de tempo é significativa e o quanto representa esta redução em termos de percentuais de custo. A seguir apresenta-se o novo layout e as tabelas com os novos tempos e as reduções conseguidas.

                                                                               Diagrama de Fluxo da Situação Melhorada.
                                                                              Diagrama de Fluxo da Situação Melhorada.
                                                                              Diagrama de Fluxo da Situação Melhorada.

                                                                              Com base no novo layout são feitas novas medições de tempo e atividades e estas são registradas no FORM. 07.

                                                                               Ficha de Atividades Individuais da Situação Melhorada.
                                                                              Ficha de Atividades Individuais da Situação Melhorada.
                                                                              Ficha de Atividades Individuais da Situação Melhorada.

                                                                              Com as novas medições constatou-se que o tempo do ciclo foi reduzido de 21 para 13 minutos. Assim, elabora-se o novo diagrama de balanço de equipes para a situação melhorada.
                                                                               Diagrama de Balanço da Situação Melhorada.
                                                                              Diagrama de Balanço da Situação Melhorada.
                                                                              Diagrama de Balanço da Situação Melhorada.

                                                                              Diagrama de Processos da Situação Melhorada.
                                                                              Diagrama de Processos da Situação Melhorada.
                                                                              Diagrama de Processos da Situação Melhorada.

                                                                              Analisando as tabelas percebe-se claramente a redução no tempo do ciclo (de 21 minutos para 13 – 40% no total), nas distâncias percorridas pelo material, no deslocamento de material por força humana (de 112 Hm para 15 Hm – 87% no total) e no número de atividades (de 17 para 12 – 29%). Isto foi conseguido sem grandes investimentos, apenas com uma nova organização do canteiro, o que exigiu apenas um pouco do pensar. É preciso levar em conta que, além da empresa, o operário ganha ao despender menos esforço, conseguindo assim melhor desempenho e, com a aplicação das ferramentas de racionalização consegue-se reduzir a geração de resíduos devido à redução das perdas, que tanto contribuem para a o aumento do volume de resíduos.

                                                                              Além das ferramentas já apresentadas existem algumas outras simples que podem ser aplicadas de forma eficaz auxiliando o processo de redução da geração de resíduos. Dentre elas podemos destacar o projeto, o planejamento e a organização do canteiro que veremos na sequência.
                                                                              Fonte do texto:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestão-de-Resíduos

                                                                              29 junho 2017

                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS

                                                                              Para aplicação da metodologia, podem ser utilizados alguns formulários. Os formulários de 1 a 5 são mais utilizados para estudos do R2 (racionalização dos processos internos das empresas) e não serão apresentados neste material.

                                                                              Estes formulários podem ser encontrados no Livro Racionalização na Construção Civil de Fritz Gehbauer. Já os formulários de 6 a 10, utilizados para R1, serão apresentados na sequência.

                                                                              ·         Formulário 6 – Diagrama de Fluxo

                                                                              Ao identificar o problema ou o processo a estudar no canteiro procura-se traçar o fluxo do processo (em planta e/ou corte) com a indicação das distâncias existentes, número de pessoas (e em que locais estão) envolvidas, estoques de materiais, etc.


                                                                              Tabela 6 – Diagrama de Fluxo (Formulário 6).
                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS

                                                                              • ·         Formulário 7 – Atividades Individuais – R1

                                                                              Neste formulário são anotadas as atividades (no mesmo intervalo de tempo) dos diversos envolvidos no processo.

                                                                              Para isso, identifica-se previamente o ciclo de trabalho, indicando a quantidade produzida no mesmo.

                                                                              Podem-se adotar símbolos para simplificar o preenchimento e baseado no total de tempo do ciclo deve-se adotar uma unidade de tempo para a observação. É recomendado que mais de um observador registre estas atividades já que geralmente mais de um operário (e/ou máquina) está envolvido e muitas vezes em locais distintos o que inviabiliza a observação ao mesmo tempo por um único observador. Normalmente, deve-se definir o que observar e regular os relógios (ou usar cronômetros) para uniformizar as observações.

                                                                              Tabela 7 – Atividades Individuais (Formulário 7).
                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS

                                                                              • ·         Formulário 8 – Diagrama de Balanço das Equipes


                                                                              Após a anotação das atividades individuais no FORM. 07 transfere-se o resultado para o gráfico de barras; o eixo vertical indica os períodos de tempo do processo e o horizontal os diversos operários observados.

                                                                              Cada atividade pode ser identificada com uma simbologia na barra e, para cada período de tempo, registra-se a atividade executada (exemplo carregando material, transportando, virando traço, esperando, subindo guincho e etc).

                                                                              Observa-se então o conjunto e procura-se identificar os ‘’gargalos“ do processo: percebe-se muitas vezes tempos excessivos de espera de determinado operário que não seria percebido se não tivesse sido “medido”.

                                                                              Tabela 8 – Diagrama de Balanço (Formulário 8).
                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS

                                                                              Com base nestas informações parte-se para elaborar o Diagrama de Processos.

                                                                              • ·         Formulário 9 – Diagrama de Processos


                                                                              Este diagrama utiliza simbologia própria para cada atividade identificada. A seguir será apresentada a simbologia normalmente empregada.

                                                                              Tabela 9 – Simbologia do Diagrama de Processos.
                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS

                                                                              • Tabela 10 – Diagrama de Processos (Formulário 09).
                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS


                                                                              É importante esclarecer a diferença entre os conceitos de metros de transporte e homens. Metro. O primeiro refere-se à distância percorrida pelo material através de equipamentos e força humana. Neste caso não são consideradas eventuais repetições do trajeto. Por exemplo: para carregar a betoneira é necessário 2 ou 3 viagens ao estoque, porém a distância considerada é apenas o deslocamento unitário, de uma só viagem.

                                                                              Já homens. Metro é a distância percorrida pelo material transportado pela força do homem. Neste diagrama deve-se registrar apenas a ida do material. A volta do operário para carregar novamente não deve ser indicada. Esta informação apenas aparecerá no diagrama de balanço.

                                                                              Todo este procedimento deve ser aplicado no estudo de determinado processo, nas condições em que é executado, que chamamos de situação existente. Após a finalização da observação, medição e registro da situação existente, parte-se para as etapas de pensar, desenvolver melhoria no processo e se possível simular as operações na planilha para ter-se uma visão geral do efeito que irá causar. Comparam-se os resultados, e caso sejam positivos, a ponto de justificar a mudança, implementa-se em campo. Desta forma, obtém-se um banco de dados que servirá para consultas e resgates de situações anteriores.

                                                                              Após a implementação das mudanças, deve-se, novamente, registrar a situação melhorada. Esta medição permitirá identificar os ganhos econômicos obtidos com a melhoria, o que estimula a continuidade do processo de racionalização.

                                                                                    Formulário 10 – Teste Aleatório – R1

                                                                              Este formulário é utilizado para auxiliar a observação aleatória dos trabalhadores no canteiro, de modo a medir o grau de efetividade dos trabalhos em operação.

                                                                              A coleta se faz da seguinte forma:

                                                                              • um teste aleatório deve compreender pelo menos 250 observações;

                                                                              • as chances de ser observado devem ser as mesmas para todos os trabalhadores;

                                                                              • as observações não devem obedecer uma sequência pré-determinada;

                                                                              • para que julgamentos pessoais sejam eliminados, a classificação em uma categoria só pode ser feita a partir do momento em que o trabalhador for visto pelo observador, e este não deve refletir sobre que tarefa o trabalhador acabou de executar ou está iniciando naquele momento; e

                                                                              • as condições gerais do ambiente de trabalho devem permanecer inalteradas durante a realização das observações.

                                                                              A classificação das atividades segue os seguintes critérios:

                                                                              A – Trabalho Eficaz

                                                                              • trabalhar diretamente no produto;

                                                                              • deslocamento dentro de 3m para apanhar algum equipamento ou ferramenta ou fazer uma ação necessária ao produto.

                                                                              B – Trabalho Essencialmente Contribuidor

                                                                              • trabalhos auxiliares ao produto;

                                                                              • deslocamento entre 3 e 10m para apanhar algum equipamento ou ferramenta ou fazer uma ação necessária ao produto.

                                                                              C – Trabalho Ineficaz

                                                                              • não fazer nada ou ação sem relação com o produto;

                                                                              • deslocamentos maiores que 10m.

                                                                              Tabela 11 – Teste Aleatório (Formulário 10).
                                                                              FORMULÁRIOS PARA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE RACIONALIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS

                                                                              Com base na metodologia apresentada é possível se conseguir grande redução de gastos sem grandes investimentos.

                                                                              Porém é imprescindível boa vontade dos que fazem parte da empresa, além de um maior investimento no uso do pensar. A seguir será apresentado um exemplo de racionalização R1 para que se possa ver a aplicação da metodologia apresentada, além de demonstrar o ganho possível com aplicação dos princípios de racionalização.
                                                                              Fonte do texto:fieb.org.br/Adm/Conteudo/uploads/Livro-Gestão-de-Resíduos